terça-feira, 23 de novembro de 2010

Eleições na Ordem dos Arquitectos na 5ª feira, 25/11

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Em período quente, com eleições na OA na próxima 5ª feira, aparecem opiniões e atitudes dos mais diversos quadrantes.
Cada um tem direito à sua, e deve ser respeitado.
Também tenho direito à minha.
Ando impressionado com a desmobilização que se constata desde sempre nas eleições da OA, com níveis de participação baixíssimos.
Estamos num período social muito complicado, recessivo, em meu entender muito por falta de participação e empenho dos que, tendo ideias e conhecimentos para ajudar a melhorar o estado das coisas, se ficam por um individualismo proteccionista que, no final, os deixa cair também no abismo onde ficamos todos - sobra também p'ra eles!
É o meu apelo ao voto de todos os arquitectos.

Fica o comentário que fiz a um dos textos que encontrei no Blog de que deixo a ligação:

"Colega Oarq

Embora corrobore o seu grito de revolta, não concordo com a sua predisposição em não votar e desmotivar a que se vote (embora, pelos pontos de exclamação, presuma alguma fina ironia na sua voz, face à ténue situação actual, certamente de mais de 10.000 arquitectos).
Mas nós, arqtºs, não somos juízes dos nossos colegas. Não temos, nem devemos ter, uma classe distinta.

Já nos chegam os “colégios de especialidades” - onde serão certamente criados impedimentos, exclusivos dos restantes arquitectos, quanto aos “nichos” da actividade, facilmente transformáveis em feudos de alguns, poucos…

É DENTRO da OA que tem que estar a saída para as questões que levanta, realidade efectiva de muitos de nós. Para além disso será a renúncia aos desígnios da nossa profissão.
Perante o desânimo da situação actual , o colega deu-se ao trabalho, ao incómodo (e também o risco), de apresentar uma alternativa a essa atitude de gestão?

NÃO APRESENTOU.
Organizou uma lista onde defendesse o rumo que deve ser dado ao “barco desgovernado”?

NÃO ORGANIZOU.
Mas há quem se tenha dado a esse trabalho e tenha dado a cara por uma ALTERNATIVA, assumindo compromissos de:

-rotura com o despesismo.
-redução dos valores das quotas, onde os arqºs estão sobrecarregados em quase 60% a mais que o valor das quotas que pagam os Engºs!
-motivação de regulação legislativa funcional, metódica e compatibilizada.
-tentativa de reorientação dos destinos da profissão, passando por um Congresso onde sejam concretizadas opções.
-e outros que desconheço…

Louvo o Vº empenho no blog “O Arquitecto da CML e não só…”, sem dúvida uma das mais eficazes atitudes de intervenção para conseguir fazer algo por este país, onde muitos oportunistas e finórios têm um fausto repasto, armados em pseudo gestores de bens públicos, mas que apenas têm levado o país à bancarrota, com um nível de compadrio e corrupção como não há memória.

Assim, face ao acto eleitoral que ocorre, a mais directa atitude para mudar os nossos destinos, sem abandonarmos a profissão, é participando nos actos eleitorais – propondo, ou elegendo.

A ABSTENÇÃO e o IMOBILISMO de cada um de nós têm permitido este estado de pré-falência do país.

Por tudo isto e muito mais, em minha opinião: VOTE.

Se quer uma alternativa ao estado actual da OA: VOTE LISTA B, para o CDN.
Se com o blog não pretendem uma “revolta pelas armas”, a intervenção cívica limite que daqui resulta deve ser exercida nas urnas, no acto eleitoral, abrindo aí os novos caminhos.
È a ABSTENÇÃO dos cultos que permite o repasto dos oportunistas.
VOTE LISTA B, para o CDN."
Ferreira arq

3 comentários:

  1. Deixei de votar politicamente e na Ordem pela mesma razão.
    Somos tratados abaixo de cão pelos nossos colegas das autarquias e a Ordem nunca teve uma palavra para com os que tentam exercer arquitectura, contra aqueles que lhes impoem pareceres prepotentes e estúpidos, e que nunca fizeram projectos ou empatam os nossos para os fazerem. Se um dia este problema fizer parte de algum programa eleitoral pode ser que vote. Sou um abstencionista consciente, no dia da votação levanto-me, tomo banho visto uma "roupinha" vou á assembleia de voto identifico-me e digo que não voto.
    Amanhâ vou fazer algo parecido em frente do marco do correio.
    A Ordem não está a apoiar os arquitectos que difícilmente exercem a sua profissão contra as entidades. Se as câmaras funcionassem bem não haveria crise. Saiam dos gabinetes e venham ver a realidade, é muito mais importante que o facebook. Já nem o apoio jurídico funciona. Ainda não percebi o que pode a Ordem fazer por mim ou pelos colegas, o que posso dizer é que tenho lutado diáriamente para fazer alguma coisa real pela Ordem e pela classe defendendo-a contra as autarquias, com custos elevadíssimos mas sem medo, pois vejo colegas a serem trucidados, sem se poderem defender, pois a guerra é muito dura. A Ordem representou até hoje o mesmo que todas as outras instituições públicas coniventes, que têm levado o país para o caos, ou seja mais um asilo que se perpetua ad eternum, com um rendimento fixo para alguns e eventualemente mediatismo, e poder falso.
    Venham conhecer a verdadeira realidade que eu posso fazer-lhes uma visita guiada.

    Grande abraço colega Ferreira

    Fernando Santos (arq)

    Cumprimentos

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  2. Colega Fernando Santos

    Deixo aqui a ligação para um texto que mexe connosco e nos faz levantar do sofá para ir votar.
    Lembra-nos que, quando interferem connosco, mexem com os nossos filhos.
    Já o tinha divulgado junto de alguns colegas, com o título: VAMOS NÓS TAMBÉM ESPERAR ATÉ… QUE LEVEM O NOSSO FILHO?

    http://oarquitectodacml.blogspot.com/2010/10/pensamentos-e-reflexoes.html

    Esta vida não são facilidades.
    Sempre tive um lema: tratar os outros como gosto de ser tratado.

    Entre os arquitectos que trabalham nos municípios também há de tudo, tal como na actividade liberal, e não podemos nivelar todos pelo pior, pois não é verdade.
    Há muitos exemplos de colegas extremamente cordiais, que nos municípios são uma referência, até na evolução do enquadramento legislativo da arquitectura, definindo parâmetros na aplicação de critérios dúbios de forma igual para todos.

    Não nos podemos esquecer que são eles os primeiros a aturar as “birras políticas”.
    Como sabemos, no enquadramento social e profissional actual, o vínculo da vontade do técnico é mais volátil que o próprio ar – quando o técnico nomeado não “subscreve”… chama-se de imediato um novo, dos que precisam mesmo do ordenado, ou outro… resolvido! E não se passa nada!
    Não pode ser uma desculpa, mas o facto é que a falta de idoneidade também começa na colher da sopa... se os parâmetros profissionais o permitirem...

    Precisamos de uma Ordem forte.
    As Ordens profissionais têm que ser um exemplo orientador na sociedade. E não ser arrastadas pelos seus devaneios.

    Fazer com que não exista discricionariedade na gestão do poder que os municípios de facto agora têm, é uma miragem – e tudo está legal - pois tem o devido enquadramento legislativo que todos nós permitimos.
    Desde os deputados da Assembleia da República que aprovaram, à AO que não consegue impedir esta orientação legislativa, ou mesmo a avaliza, até todos nós que elegemos ou permitimos eleger quem anda a legislar nestes termos e está a levar o país a uma miséria generalizada de pobres pedintes perante os credores internacionais!!!

    Não devemos permitir que seja a incúria dos oportunistas, perante a nossa passividade, a continuar a motivar disposições legislativas que só interessam aos próprios, ou aos seus núcleos restritivos dos "protegidos".

    Estes são os factos da realidade em que vivemos hoje.
    É isto está a acontecer ao destino dos nossos filhos.

    Se não por outro motivo, que seja por eles.
    É imprescindível que votemos.
    VAMOS VOTAR

    Ferreira arq

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  3. Caro colega Francisco ferreira, sugiro que leia um texto meu publicado na imprensa local e em blogs regionias ( Algarve" e que se chama " Os presos politicos da Ria Formosa". que penso encobttrará no Google rápidamente, Ficará decerto com uma melhor opinião sobre a minha intervenção em prol dos nossos filhos e de outros que não se podem defender.
    Depois continuaremos a conversa.
    abraço

    Fernando Santos

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