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Para grande contentamento meu encontrei agora umas tantas revistas centenárias de "A Construcção Moderna".
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Numa delas, saltou-me à vista um texto, "Valorização de terrenos", da autoria do Eng. Mello de Matos, director técnico da dita revista em conjunto com o "Architecto" Rozendo Carvalheira.
Esse texto foi publicado na revista nº 303, de 10 de Setembro de 1909, já centenário, portanto..
Ora, se nos espanta a data de tal texto, maior é a perplexidade pela sua actualidade.
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Ainda por cima com a conferência de 2010 da Ad Urbem aí à porta, sob o tema: "Avaliação das políticas de ordenamento do território e de urbanismo, no espaço europeu e nos âmbitos nacional, regional e municipal" (o encontro deste ano terá lugar na cidade do Porto, no Teatro Rivoli).
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Vale bem a pena ler, pois acabamos por perceber um pouco, pela evidência, do porquê do estado do urbanismo neste país. Andamos há mais de um século a discutir, e a adiar indefinidamente, a possibilidade de criar ordem e metodologia na composição do território, quando, já nessa data (1909), outros países tinham tomado as devidas opções, evitando a bagunça que por cá continua. Como vemos, não foi por falta de conhecimento técnico já há data; e, porque não dizê-lo, nem o é agora!
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Deixo esse documento aqui no blogue da PH, pois sem dúvida é tema de interesse para uma metodologia de ordem que devia ser inerente ao direito colectivo de habitar em sociedade, com espaços dignos e ordenados, profícuos a uma fácil compatibilização de vizinhos, de unidades de construção, de áreas urbanas que sentíssemos seguras e como nossas.
Para ler o texto "Valorização de terrenos" carregar nas imagens seguintes:
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