Esta questão das humidades e infiltrações de água é muito importante para a manutenção das edificações de utilização colectiva.
A humidade por infiltração é mais facilmente identificável, já que normalmente provoca estragos rapidamente.
O que acontece com as humidades de condensação é que, não sendo normalmente reconhecidas por muitos, são confundidas com as humidades de infiltração, andando algumas pessoas anos há procura de "por onde é que a água entra para alí?", sem contudo conseguir impedir essa sua "infiltração".
E como se trata de uma invasão "lenta", nem sempre se dá a atenção devida. Após algum tempo pode-se estar perante um degradação generalizada, de custos de reparação muito elevados.
Para além disso, normalmente estas humidades de condensação, no interior dos espaços das edificações, pelo desenvolvimento contínuo de fungos e parasitas criam condições de insalubridade graves, com relexos nas vias respiratórias dos utilizadores destes espaços. Bronquites, asmas, pneumonias, etc. agravam-se nestas condições.
O exemplo das fotos é bom para esclarecer este caso, pois o "riscado" das vigotas pré-esforçadas entre as abobadilhas é um dos principais prenûncios desta patologia.
Temos o tecto de uma galeria exterior de um prédio, no rés-do-chão de um grande edifíco de utilização colectiva, que tem por cima, no primeiro andar, salas e quartos de habitações - compartimentos secos e aquecidos, sem quaisquer tubagens de águas.
Do 1º andar não vem água para este tecto da galeria exterior.
Mas o tecto apresenta vestígios explícitos de fungos, que provam uma abundante existência de humidades.
E da mesma forma no pavimento do 1º andar, onde será vulgar aparecerem pequeníssimas bolhas de água cobrindo o revestimento do pavimento, nos dias mais rigorosos do inverno. Nos revestimentos em madeira, tais como o parquet, isto será desastroso, pois em poucos anos este terá que ser substítuido.
Ora trata-se de humidade de condensação, nos mesmos termos que acontece nas janelas de vidro simples, no inverno, em que escorre água abundantemente.
O tecto da galeria exterior está frio e os compartimentos superiores estão aquecidos, criando um diferencial térmico onde se fazem as condensações da humidade. Depois desenvolvem-se os fungos, agravando as condições de aparência e principalmente a durabilidade dos materiais, assim como condicionando as condições de habitabilidade.
Saliento esta questão, pois, não sendo fácil reconhecer pelos que não são especialistas nesta área, é relativamente simples de solucionar, bastando para isso aplicar um isolamento térmico no tecto da galeria.
Este impedirá a ponte entre o diferencial térmico exterior e a face superior do pavimento, acabando aí com as humidades e a deterioração do revestimento do pavimento, assim como com a aparência degradante dos tectos da galeria.
Uma das alternativas é efectuar directamente no tecto da galeria o revestimento térmico no sistema capoto, mas existem muitas outras soluções, com melhor ou pior acabamento.
Ferreira arq
Também tenho o mesmo prolema que descreve no texto acima escrito.
ResponderEliminarVivo no 1º andar de um edifício com nove andares (construído em 2003) que tem um galeria exterior. Tenho reparado desde há alguns anos que nos dias de mais frio (principalmente com nevoeiro) pavimento de parquet que tenho nos quartos, fica com humidade por condensação.
A minha dúvida é em relação à responsabilidade das obras de um eventual revestimento térmico como aconselha. Serei eu que tenho de custear a obra ou deverá ser todo o condomínio devido à obra ser considerada numa parte comum do edifício ?
Com os meus cumprimentos,
Pedro Nunes