sexta-feira, 16 de maio de 2025

"Os riscos de fazer habitação acessível “em emergência” "

 Consultar em EXPRESSO 20250515

Considerações urbanísticas importantíssimas do Bastonário da Ordem dos Arquitetos Avelino Oliveira, que deveriam nortear as estratégias políticas de intervenção no território, obrigatoriamente a anteceder a implantação das apressadas construções "milagrosas" que acabam na degradação social, e do espaço urbano existente.

Para construir, primeiro tem que se urbanizar e ordenar o solo. E temos muito solo com condições para poder ser urbanizado sem estourar com o espaço urbano atual. Há mais população (boa parte "importada"), há mais necessidade de espaço urbano - tem que ser urbanizado, infraestruturado. Qualquer leigo percebe isto, assim como percebe que não é solução estourar com as urbes atuais em termos sociais, viários, de sobrecarga de ocupação de equipamentos, etc..

E vemos os países anglo-saxónicos e não só, a fazer sempre isso... não é novidade para ninguém.

Temos imensas aldeias e vilas no interior em perfeito colapso, em grande parte por falta de investimento económico que proporcione rendimento e a fixação da população. Não foram criadas as devidas vantagens fiscais para a localização das empresas no interior; que foi o que fez Espanha já há muitas dezenas de anos...

Mesmo sem forçar a localização no interior, mais próximo do litoral há muito solo que pode ser ordenado. E pode então proceder-se à construção de edificações.

O QUE ESTÁ A ACONTECER AGORA É QUE ESTÃO A POR O CARRO À FRENTE DOS BOIS, EM TERMOS URBANOS É A MESMA COISA QUE COMEÇAR OS PRÉDIOS PELO TELHADO... Isto só resulta para os especuladores imobiliários, com má construção e acentuada degradação para o espaço urbano existente.

Parabéns pela intervenção Arq. Avelino Oliveira. E assim mereça a atenção dos políticos decisores, que se encontram atualmente em perfeito desnorte...

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